Olha para mim e julga-me!

No silencio do teu olhar
Máguas patentes, mas cheias de ternura
Olhando impunemente sobre o caos
Em que os teus pensamentos se desenrolam.
Não paro de pensar em ti, em tudo que não temos
No amor que não te transmito, naquilo que não te dou
Nas cores que não vivemos juntos, mas juntos as vimos
Nas imagens que não colhemos, mas como as partilhamos
Julgas que as indolores feridas te defendem
Julgas que o passado te protege e acolhe
Julgas que os teus medos voltarão para te assombrar
Mas não me julgas a mim, impedes-te de me julgar.
Não te prometo promessas nem te ofereço o mundo
Não te vou amar perdidamente nem me vou perder em ti
Não te peço o que não queres, nem o que vais querer
Apenas desejo que olhes para mim, e continues...
A seres o que és, a seres TU!

Sharky
P.S. 24??? não parece 24.